sexta-feira, 10 de setembro de 2010

HISTÓRIA DA ARTE ABSTRATA

ABSTRACIONISMO
Arte Abstrata é uma forma de arte que não busca nem demonstra o mundo que está ao nosso redor. São obras que não representam objetos reconhecidos. A arte abstrata refere-se especialmente às formas de arte do século XX, quando a ideia da arte como imitação da natureza foi abandonada...
Entre os pioneiros da arte abstrata estão Mondrian e Malevich, entre outros.
1866-1944 — Wassily Kandinsky
1879-1953 — Francis Picabia
1881-1939 — Albert Gleizes
1881-1955 — Fernand Léger
1883-1956 — Jean Metzinger (Cubista)
1888-1964 — Roger Bissière
1891-1976 — Max Ernst
1896-19?? — Honoré Marius Bérard
1896-1987 — André Masson
1897-1981 — Roger Chastel
1911-1993 — Alfred Manessier

WASSILY KANDINSKY (1866-1944)
Kandinsky tirou da arte a sua obrigatoriedade de representação da realidade, inaugurando o ciclo abstracionista com sua primeira aquarela abstrata (1910). Alguns artistas já haviam feito experimentos com a dissolução de imagens, mas Kandinsky foi o mais consistente e lógico na busca de um modo de expressão não figurativa...
Nasceu em 1866, em Moscou, na Rússia. Sua primeira vontade foi ser músico. Entretanto, formou-se em direito e economia política na Universidade de Moscou. Aos 30 anos, encantado com um quadro de Monet, abandonou a carreira jurídica. Em 1900, em Munique, formou-se pela Academia Real.
Seus primeiros trabalhos exprimiam a musicalidade e o folclore russo, aliás, na obra do pintor há muitas referências ao folclore russo. Em Paris, onde viveu por um ano, Kandinsky entusiasmou-se pelas artes aplicadas e gráficas, bem como pelo estilo de pintura dos fauvistas.
O quadro “O Cavaleiro Azul (1903)”, o cavaleiro é um personagem dos contos de fada com o qual Kandinsky teve contato em sua infância, representa o virtuoso combate do bem e do mal, simbolizando luta e renovação. Esta é uma imagem reincidente da fase figurativa do artista.
Em 1908, voltou a Munique. Publicou o ensaio “Do Espiritual na Arte”, em 1911, onde tratou a manifestação artística como expressão de uma necessidade interior.
Em 1912, publicou o almanaque “Der Blaue Reiter” (O Cavaleiro Azul), nome de um quadro e do primeiro grupo expressionista, cuja vertente é mais lírica do que dramática, em relação ao grupo expressionista Die Brücke.
Voltou à Russia durante a Primeira Guerra, onde permaneceu até 1921. Acompanhou a Revolução Socialista e como membro do Comissariado para a Cultura Popular fundou vários museus.
Reorganizou a Academia de Belas Artes de Moscou. Foi também professor da Bauhaus a partir de 1922. Escreveu Ponto e Linha sobre o Plano onde reflete sobre os elementos da linguagem plástica e suas correlações, colocando os problemas da abstração.
Tornou-se cidadão alemão em 1928. Em 1933, a Bauhaus foi fechada pelos nazistas e, em 1937, seus quadros foram confiscados. Em 1939, fugiu para a França, onde naturalizou-se. Morreu em Neuilly-sur-Seine, na França em 1944.
A partir da II Guerra Mundial, Kandinsky passou a dividir seus quadros em três grupos:
  1. “Impressão” – com referência a um modelo naturalista,
  2. “Improvisação” – que pretendiam refletir emoções espontâneas, quando as cores e as formas se comunicam entre si e
  3. “Composição” – o grau mais complexo e elevado, alcançado após longos trabalhos preparatórios.
“Beleza Russa em meio a uma Paisagem” – Wassily Kandinsky, Stadtische Galerie
“Improvisação 6” – Wassily Kandinsky, Stadtische Galerie
“Composição Clara” (1942), óleo sobre tela (73,0 x 92,3 cm).
O desenrolar dos planos é abstrato. A partir de um círculo transparente situado à direita do quadro, Kandisnky constrói o primeiro plano. Por traz dele, duas formas se situam. Uma delas sobrepõe outra, mais geométrica. A forma maior fica por trás dessas duas: quatro planos, então, se desenrolam. Essa sobreposição de planos é incessante e num movimento circular brusco em direção ao plano superior da obra, sua profundidade se organiza. É uma profundidade abstrata iluminada por uma luz clara, sem foco específico...
www.mac.usp.br/projetos/percursos/abstracao/kandinsk.html
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Do lado esquerdo, “Uma Mulher Feliz” (1922/26), de Francis Picabia, óleo sobre cartão (93,5 x 73,5 cm). Do lado direito, “Paisagem” (1912), de Albert Gleizes, óleo sobre tela (50,3 x 65,4 cm).
Do lado esquerdo, “Composição” (1938), de Fernand Léger, guache sobre papel (55,6 x 45,3 cm). Do lado direito, “Aldeia” (1912), de Jean Metzinger, óleo sobre tela (91,8 x 65,0 cm).
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“Mulher de Vermelho e Verde” – Fernand Léger, Paris
Do lado esquerdo, “Composição”, de Roger Bissière, litogravura (44,0 x 34,0 cm). Do lado direito, “Quadro para Jovens” (1943), de Max Ernst, óleo s/ tela (60,2 x 75,5 cm).
Do lado esquerdo, “Noturno Opus 17” (1939), de Honoré Bérard, óleo sobre tela (92,5 x 65,5 cm). Do lado direito, “Germinação” (1942), de André Masson, guache sobre papel (51,3 x 66,5 cm).
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Do lado esquerdo, a obra “Namorados no café” (1950/51), de Roger Chastel, óleo sobre tela (161,7 x 97,0 cm), reúne “cubismo-figuração-abstração”. Chastel participou da 1ª Bienal de São Paulo, onde foi premiado.
Do lado direito, “Chama Clara” (1946), de Alfred Manessier, óleo s/ tela (99,8 x 81,0 cm). Manessier também ganhou o 1° Prêmio de Pintura na II Bienal de São Paulo.
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Arte no Metrô da Cidade de São Paulo
O Metrô foi inaugurado em 1968... Página dedicada à Cidade de São Paulo.
Linha 1 – Azul
  • Jardim São Paulo – Maria Bonomi
  • Santana – Maurício Nogueira Lima, Odiléa Toscano
  • Armênia – Josely Carvalho
  • São Bento – Maurício Nogueira Lima, Odiléa Toscano
  • Sé – Alfredo Ceschiatti, Cláudio Tozzi, Marcelo Nitsche, Mário Gruber, Renina Katz, Waldemar Zaidler
  • Liberdade – Ayao Okamoto, Carlos Alberto Yasoshima, Hironobu Kai, Hisae Sugishita, Laerte Yoshiro, Orui, Lúcio Yutaka Kume, Mário Noboru, Ishikawa, Milton Terumitsu Sogabe, Oscar Satio Oiwa, Toshifumi Nakano, Yae Takeda
  • Paraíso – Betty Milan, Odiléia Toscano, Renato Brunello
  • Santa Cruz – Isabelle Tuchband, Paula Pedrosa, Verena Matzen
  • Conceição – David de Almeida
  • Jabaquara – Odiléa Toscano, Renina Katz
Linha 2 – Verde
  • Clínicas – Denise Milan, Geraldo de Barros
  • Consolação – Tomie Ohtake
  • Trianon-Masp – Pássaro Rocca de Francisco Brennand, doação do banco Francês e Brasileiro S.A.
  • Brigadeiro – Cicero Dias, Fernando Lemos
  • Ana Rosa – Lígia Reinach, Glauco Pinto de Moraes
Linha 3 – Vermelha
  • Barra Funda – Cláudio Tozzi, Emanoel Araújo, José Roberto Aguilar, Valdir Sarubbi
  • Marechal Deodoro – Gontran Guanaes Neto
  • Santa Cecília – Caciporé Torres, José Guerra
  • República – Antônio Peticov (paínéis), Bené Fonteles, Luiz Hermano, Roberto Micoli, Xico Chaves
  • Pedro II – Antonio Cordeiro
  • Brás – Criação Coletiva
  • Tatuapé – Aldemir Martins
  • Penha – Eliana Zaroni Lindenberg
  • Corinthians-Itaquera – Gontran Guanaes Neto

 
A arte abstrata
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também chamada de "arte não-representacional" ou " não-figurativa" é a arte (pintura, escultura, gravura, arte gráfica, arte digital, ou outras técnicas) em que não há reprodução ou representação de imagens do mundo visível. Para se distinguir esse movimento de outros do mesmo período, deve-se tomar o cuidado para não confundir o mero "distanciamento das aparências" com a criação de arte sem nenhuma conexão com o mundo visível.
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"Distanciamento das aparências" já era uma forte tendência em muitos dos principais movimentos artísticos modernos no início do século XX: entre eles o Fauvismo, o Expressionismo o Cubismo e o Futurismo; algumas obras desses movimentos chegaram a distanciar-se de tal forma da aparência natural das coisas, que nelas essas coisas tornavam-se praticamente irreconhecíveis, porém, ainda assim, eram obras que representavam algo visível.
Na arte abstrata, ao contrário, o artista se expressa através de formas, cores, texturas e ritmo inteiramente livres de qualquer influência de objetos da realidade. Não tenta representar a imagem de nada.
O início do movimento abstrato é geralmente atribuído a Wassily Kandinsky, que por volta de 1910 passou a pintar quadros puramente abstratos, mas houve outros artistas que adotaram esse rumo, entre eles Robert Delaunay, Kazimir Malevich e Vladimir Tatlin.

A
arte abstrata ou abstracionismo
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é geralmente entendido como uma forma de arte (especialmente nas artes visuais) que não representa objetos próprios da nossa realidade concreta exterior. Ao invés disso, usa as relações formais entre cores, linhas e superfícies para compor a realidade da obra, de uma maneira "não representacional". Surge a partir das experiências das vanguardas européias, que recusam a herança renascentista das academias de arte
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. A expressão também pode ser usada para se referir especificamente à arte produzida no início do século XX por determinados movimentos e escolas que genericamente encaixam-se na arte moderna.
No início do século XX, antes que os artistas atingissem a abstração absoluta, o termo também foi usado para se referir a escolas como o cubismo e o futurismo que, ainda que fossem representativas e figurativas, buscavam sintetizar os elementos da realidade natural, resultando em obras que fugiam à simples imitação daquilo que era "concreto".

O
abstracionismo lírico ou abstracionismo expressivo
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inspirava-se no instinto, no inconsciente e na intuição para construir uma arte imaginária ligada a uma "necessidade interior"; tendo sido influenciado pelo expressionismo, mais propriamente no Der Blaue Reiter. Aparece como reacção às grandes revoluções do século, nomeadamente a I Guerra Mundial.
O jogo de formas orgânicas e as cores vibrantes não eram muito patentes; mas também a linha de contorno sobressaía nesta arte que era muito figurativa.
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Muitas artes naquela época procuravam se expressar por meio de música, sons. Mas o abstracionismo tinha o objetivo de se expressar por meio de desenhos abstratos, de forma figurativa. É desta forma que o abstracionismo lírico pretende igualar ou mesmo superar a música, transformando manchas de cor e linhas em ideias e simbolismos subjetivos.